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Doce Leitura

Mudar hábitos alimentares ajuda a ter um sono melhor

Por Gabriel Thomaz *
Fonte: 
odia.ig.com.br

Para muita gente, o que era para ser o período de descanso acaba se tornando momento de agonia. Noites em claro, sem dormir, deixam o cansaço acumulado e aumentam o estresse. Se os problemas persistirem por pelo menos menos três semanas, é bem provável que o quadro seja de insônia, distúrbio que atinge 40% da população brasileira. Para se ver livre desse mal, a mudança de hábitos é essencial, e o primeiro passo pode estar na alimentação. Mel, aveia, banana, grão de bico, alface, maracujá e camomila são alimentos caracterizados como amigos do sono. A ingestão deles no último lanche do dia, que deve ser feito até meia hora antes do repouso, é um passo certeiro rumo a uma boa noite, segundo a nutricionista Danieli Vieira.

'Nessa refeição (ceia), também indico alimentos como a cereja, além da aveia, que são ricos em melatonina, o hormônio do sono. O leite quente também pode ser um amigo de quem sofre de insônia já que possui triptofano, que colabora para o descanso. Vale sempre lembrar também que o chá de camomila é um relaxante natural e é muito bem-vindo', destacou Danieli, que ressalta a importância de seguir os horários das refeições. O jantar, por exemplo, antes da ceia, deve ser feito entre duas e três horas antes de se deitar.

Da mesma maneira que uma dieta balanceada colabora com a melhora na qualidade do descanso, o consumo de nutrientes que exigem grande esforço do sistema digestivo, como carne vermelha, deve ser evitado perto da hora de dormir. Alimentos com propriedades estimulantes, gordura e temperos fortes, como canela, pimenta e gengibre, também estão nessa lista. 'Bebidas alcoólicas prejudicam muito o sono mais profundo. A primeira sensação pode até ser de relaxamento, mas a verdade é que a pessoa não repousará completamente. Além disso, café, chocolate, chá preto e refrigerante nunca são boas opções para quem já está se preparando para relaxar, assim como alimentos com açúcar, já que dão energia', alertou a nutricionista Cyntia Maureen.

A neurologista e presidente da Associação Brasileira do Sono, Andrea Bacelar, explica que noites mal dormidas podem gerar problemas muito mais sérios do que o cansaço no dia seguinte. Déficit de memória, hipertensão e até depressão são algumas das doenças que afetam quem tem o costume de passar muito tempo acordado. 'Atualmente, nos expomos a pouca luz solar, dificultando a sincronização entre claro e escuro. Passamos o dia em salas com pouca luz e invertemos essa situação de noite em casa. Isso atrasa muito a vontade de dormir'.